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terça-feira, 8 de julho de 2014

O Olhar do Açor

A ação deste livro, tem lugar no séc. XV, na dinastia de Avis.Gonçalves Vaz, sua mulher Constance e a filha de  ambos (ou talvez não) Leonor vivem no palacete de Águas Santas, propriedade conhecida por ter umas termas 'mágicas' que tudo curam. Leonor tem como melhor amiga  e quase irmã Guida, uma negra a quem a família se recusa a chamar e a tratar como escrava.

 Leonor atinge os 16 anos, e seu pai tem a função de lhe arranjar um marido de origem nobre. Gonçaves Vaz conselheiro de D. João I (mestre de Avis) vai à corte e volta com um jovem nobre, por quem Leonor logo se encanta. A partir daqui, começa a tragédia, o rapaz desaparece durante um passeio, e o mal instala-se no meio daquela família nobre. Tomás Rebelo, filho bastardo de D.João I e conselheiro de seu meio irmão D. Henrique, pretende apoderar-se de Águas Santas, ninguém sabe porquê. 

A sua vinda para uma visita ao palacete, torna-se num verdadeiro Inferno, Tomás Rebelo é a incarnação do Mal, um bruxo, um monstro, através dos seus poderes, consegue destruir Águas Santas e todos os que lá vivem. Leonor e Guida conseguem fugir,pois  não resta nada, apenas o fio com o nó eterno no pescoço de Leonor. Alguém lhes deu um nome....um tal de Açor, devem dirigir-se a Lisboa e tentar encontrar esse homem.....estão completamente sós no mundo...

Opinião: Neste livro S. Carvalho esmerou-se na história e na lenda. A escrita é fluente e rica em pormenores históricos, é original e cheio de ação, cada página virada é um enigma. Não tem falhas, está perfeita. Classificação MUITO BOM.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

A Voz- Shadowfell 3



Nesta última aventura Neryn e os rebeldes pretendem acabar com o reinado de Keldec. A Voz (assim é conhecida a jovem orfã) precisa ainda da sabedoria da Dama Branca e do Senhor das Sombras. Lá torna a partir, e o livro é só isto, páginas e páginas duma viagem aborrecida, enfadonha, onde nada acontece. Este foi o pior livro escrito por J. Marillier. 


Parece escrito às pressas, falhou na continuação da história anterior. A imaginação e originalidade não estão presentes. A maneira como conta a história não tem nexo, custa a acreditar que este livro saiu das mãos da escritora da trilogia Sevenwaters.


 Aqui o padrão mudou para AB, duas partes, casa e viagem. Gostaria de colocar a 3° letra mas não posso, a história ficou inacabada.


 A batalha foi no fim do livro, mas continuo a dizer, não teve acção, foi uma cena descabida, pobre e desleixada. Os leitores ficam sem saber Como aconteceu, pois a Voz de Neryn, tal como a de Esten (a voz do mal) não se ouviram, o tal de Chamamento foi em Silêncio. Lá apareceram os good folk, numa batalha muito confusa, numa história mal amanhada, ou mal concebida, onde tudo acontece nas últimas páginas, e como se não bastasse, a história ou melhor, o fim dela, fica ao vosso critério, pois Alba ficou sem rei, Neryn e Flint casaram após terem-se visto 3 ou 4 vezes, e partiram para a Ilha da Bruxa. O que aconteceu depois aos rebeldes, aos subjugadores etc ninguém vai saber.

Escrita-pretty bad, originality - bad, none.

Nota final 1* - Muito fraca

Curiosidades - A escritora menciona em muitos dos seus livros, que os antigos, usavam o ferro como 'proteção', contra o mal, os espíritos etc. Ora sob o ponto de vista científico, o Ferro 'mata' a luz, se pegarmos em vários pedaços de ferro, e os atirarmos para dentro do Sol, o nosso Sol explode.

domingo, 29 de junho de 2014

As Mentiras de Locke Lamora


Após várias visitas à Bertrand, acabei por comprar este livro (em inglês como sabem, porque em pt sai muito caro), gostei do nome e a capa chamou-me a atenção. Pelos vistos não me enganei, numa escala de 5 estrelas eu dava 6 a Scott Lynch.

A escrita é excelente, as descrições pormenorizadas e claras, a história Brilhante.

A ação tem lugar em Camorra, onde os orfãos são vendidos a um alegado 'padre', depois de iniciados nas artes do roubo pelo meste Thiefmaker. Ora, Locke Lamora já de tenra idade demonstra uma aptidão surreal para o roubo, é portanto vendido ao padre Chains, ficando assim ao seu cuidado e serviço, nos templos de Perelandro.

Começa aqui a Vida de Locke, com os seus amigos/ irmãos nas artes, esquemas e roubos. 
Numa cidade cheia de gangs e assassinos, Locke e o seu bando os 'Gentleman Bastards', conseguem extorquir fortunas aos incautos. Mas isso está prestes a mudar, com a chegada do Rei Cinzento e do seu Bondsmage, determinados a destruir a cidade e todos os seus habitantes, através de feitiçaria e alquimia negra, o rei Cinzento mata três dos amigos de Locke, e Capa Barsavi, (líder da Mafia lá do sitio) e toda a sua família. A guerra começou, como enfrentar um Bondsmage?? Pois são invencíveis?!!!


A história está muito bem estruturada, muito bem imaginada,não há pontos negativos.
Aconselho vivamente este livro, pela suas características de excecional Imaginação, para armar todos aqueles esquemas. Nota 6

sábado, 28 de junho de 2014

Mistborn - Nascida nas Brumas


O Império Final, é um mundo obscuro governado a mão de ferro pelo senhor Soberano e....Imortal.
Nas cidades e campos vivem os skaa, os escravos. Surge então Kelsier, obstinado em Matar o Soberano. Começa por destruir pequenas aldeias, libertando os skaa dos seus senhores. Agora está decidido a formar um exército e a pôr fim ao Império.Kelsier foi aprisionado nas minas de Hathsin, de onde ninguém foge, e onde todos morrem, mas Kelsier não é qualquer um, é um Mistborn, um brumeiro, ou seja, a sua magia/poder vem da queima de metais.

Em Luthadel, tem o seu grupo de brumeiros, entre eles uma jovem de 16 anos ...Vin, uma skaa, uma escrava, com poderes que desconhece, uma Mistborn com grandes poderes.

Começam os planos para derrotar o Império, tarefa impossível, pois o Soberano é Imortal. Kelsier treina Vin na arte da queima dos metais, esses metais são engolidos em pó, e depois 'queimados' à medida que vão sendo precisos: para empurrar, para puxar, para detetar outros brumeiros, para ampliar as capacidades de visão e audição, enfim, são quase uns deuses das brumas, voando, correndo, empurrando e puxando. Dando seguimento ao plano, Kelsier introduz Vin na casa de um  nobre, nobre esse que era também um membro do grupo de Kelsier, e Vin seria sua prima vinda do campo.

 O Caos instala-se  nas casas Nobres,Kelsier mata uns e culpa outros, o plano funciona, e os cadáveres vão surgindo. Mas nem tudo são facilidades, o Império tem os Inquisidores, seres com  as mesmas capacidades e que em vez de olhos têm espigões, são dotados de força extrema e quase imbatíveis.

O Império, apercebendo-se destas revoltas, tortura e executa os populares em praça pública, numa dessas execuções está o irmão e alguns amigos  de Kelsier. Este quer vingança, mas os Inquisidores matam-no. O plano falhou, resta Vin...que numa luta descobre como matar o Soberano.

Opinião: um livro a não perder, estou viciada. Nota 5


A Ilha de Melquisedech


A Ilha de Melquisedech, conta a história de um druida feiticeiro, que decide criar um pequeno mundo (a ilha) onde tudo é perfeito. Para isso 'resgatou ' um grupo de pessoas de todos os cantos do mundo, que estariam a ter uma vida extremamente difícil, proporcionando-lhes assim uma nova oportunidade. A Ilha é povoada por seres mitológicos, duendes, lestrigões, cíclopes etc.

Os habitantes da Ilha, trazem cristais mágicos ao pescoço, assim, não têm acesso à sua verdadeira origem, não têm recordações do que deixaram para trás.
Como em todas as histórias, verdadeiras ou não, há sempre um vilão, um invejoso, um inútil, cujas intenções são prejudicar ou ficar na posse do Poder. Assim Ratastok o duende malvado, conseguiu provar aos habitantes que havia 'outro mundo' ( o nosso), que a Ilha não passava de uma ilusão.Então, Melquisedech decide mostrar a todos, como é o Verdadeiro Mundo, e lá vão os habitantes numa viagem, que os leva às suas terras de origem...

Opinião : O livro tem a forma ABA, ou seja tem 3 partes, tal como os da J. Marillier. Casa, Viagem, Casa. A escrita é formal, perfeita, mas acessível a todas as camadas, portanto 4 estrelas. Quanto à originalidade, eu daria 3 estrelas ( suficiente), pois o mercado do Fantástico está 'povoado' de histórias mais apelativas, quero dizer, este livro é destinado a um público mais jovem e feminino. Está tudo muito 'cor-de -rosa', para agradar a outro tipo de público, o livro necessita de mais acção, mais violência, porque o 'Nosso Mundo' é Violento. Arriscar uma história de ficção no presente, é uma tarefa muito difícil, neste caso e na minha opinião poderia ter resultado melhor.
Quanto aos personagens mitológicos que habitam a Ilha, achei um pouco excessivo, a Ilha é demasiado pequena....
O facto de Melquisedech ter acesso aos computadores para comunicar com outros da sua espécie, achei muito bem concebido, seria por aí o caminho para uma história de nivel superior. 
Conclusão : O livro é muito agradável de ler, com lindas descrições da natureza e com um português de alta qualidade, precisa só de um pouco mais de ousadia,isto é uma obra de ficção, portanto a imaginação teria de ser (na minha opinião) muito mais alargada. Nota 3+. Bom +

P.S. Melquisedec era uma personagem bíblica/mitológica, não se sabe bem a origem, quer dizer, Rei da Paz/terra.


sábado, 22 de março de 2014

Aprendiz de Assassino- 2ª Trilogia



Nesta segunda demanda, Fitz tem agora 37 anos, e goza, assim por dizer, de uma reforma antecipada. Tem como companhia o seu fiel amigo Nighteyes e de vez em quando a companhia da mulher Sterling (que trabalha para a raínha kettricken) e do filho adotivo Hap de 16 anos. De volta da visita a Torre do cervo, Hap descobre que Sterling é casada com um homem rico e de boa aparência, conta tudo a seu pai Fitz, que fica sem palavras. 

Quando acabar de ler faço um resumo e ponho em pdf, assim os interessados poderão ler a sequência melhor.

Apreciação : a escritora como já verificaram, tem como personagens 'fortes' as mulheres, Sagaz como rei, foi um péssimo rei, Magestoso , o galã burro e traidor, Cavalaria foi assassinado, ficou Fitz, outro falhado, que nunca conseguiu levar a cabo uma missão. Levou porrada, foi envenenado, e foi corno por 2 vezes. Veracidade, era honesto, mas custou-lhe a vida, fica  então Kettricken a governar.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Trilogia do Assassino de Robin Hobb






Esta trilogia,(em Inglês é trilogia, em português são 5 livros) é realmente uma grande obra, cheia de surpresas, e de uma imaginação prodiginosa. O herói, o aprendiz  Fitz, filho bastado, do Principe Cavalaria, ao invés de ser alto, bem parecido, bem constituído, não, é magro e macilento, apanha porrada de todos, nunca consegur levar uma missão a cabo e no fim quase morre. Exímio envenenador, ao invés de envenenar é ele que acaba sempre sendo envenenado, é realmente desesperante, ver tamanho fracasso. Magestoso, tio deste nosso herói, é quem o quer ver morto, para assim alcançar o Trono pretendido. Mas Fitz é dotado do Talento, (habilidade para entrar na cabeça das pessoas e assim poder manipulá-las) , mas ...claro até nisto fracassou, rebentou-se todo, restava-lhe a Manha, (habilidade para entrar na mente e comunicar com todos os animais) aqui sim, era a única coisa em que realmente era bom. A missão de Fitz antes da sua quase morte era defender o reino dos Navios vermelhos, que matavam e pior Forjavam os aldeãos. Forjar era tirar a alma às pessoas, elas depois de 'forjadas' não tinham sentimentos. Fitz matava os forjados, ou seja matava aquilo que já estava morto...portanto....Mas eis que um belo de um dia ele acordou da quase morte e disse: Vou-me embora, vou ser Eu, Não recebo mais ordens, e lá foi, em direção a Torre do Cervo, para mandar magestoso para o outro Mundo...na viagem apanhou Mais Porrada, e foi envenenado, pois Outra Vez, mas não desistiu, juntou-se a Kettriken, Bobo e Veracidade, para derrotarem os N. Vermelhos, tinham dragões para trazer à vida.....


Opinião : A escritora assumiu o papel de Fitz, é ele quem conta a história, o que implica um total conhecimento e coerência do personagem, uma vez que conseguiu um realismo absoluto, com o pobre do Fitz. O livro não tem conteúdo histórico, o que torna a tarefa muito mais fácil, onde tudo é possível e as falhas de conteúdo histórico/geográfico não existem.
O Talento e a Manha, já implica um conhecimento das teorias de Heidegger e Aristóteles, entre outros, à primeira vista parece ficção mas não é, há vários relatos da prática destas atividades na Antiguidade.
Na minha opinião foi a manha o que mais me impressionou na leitura, a escritora deu muitos pormenores de como se sentia (ela era Fitz, não se esqueçam) dentro da mente de um animal, e achei isso Assombroso. É sem dúvida uma leitura a não perder, não se aprende muito, mas a história é muito boa, está muito bem concebida.

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